Total de transplantes aumenta, mas número de doadores cai e Brasil tem 78 mil pessoas na fila de espera.
País ultrapassou 30 mil transplantes em 2024, maior número da série histórica. Governo vai incorporar dois novos procedimentos e promete reduzir desigualdades regionais.
Publicado em 04/06/2025 14:19 • Atualizado 04/06/2025 14:19
No Brasil
Brasil bate recorde de transplantes, mas 78 mil ainda estão na fila.

O Brasil ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 30 mil transplantes de órgãos e tecidos realizados em um único ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2024, foram 30,3 mil procedimentos. Cerca de 85% dos procedimentos foram realizados pelo SUS, que destinou R$ 1,47 bilhão à área no ano passado — valor 28% superior ao de 2022.

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (4) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também anunciou a incorporação de novas tecnologias e o reforço em estratégias para ampliar o acesso e reduzir desigualdades regionais.

Segundo o balanço, os órgãos mais transplantados no ano passado foram:

  • rins (6.320 transplantes),
  • fígado (2.454),
  • fígado (2.454),
  • córnea (17.107)
  • medula óssea (3.743).

Apesar do crescimento, a fila de espera ainda soma 78 mil pessoas — só para rim são mais de 42 mil.

Outro desafio apontado pelo ministério é a recusa familiar: apenas 55% das famílias entrevistadas autorizaram a doação dos órgãos. Para enfrentar o problema, será lançado o Programa de Qualidade em Doação para Transplante (PRODOT), que vai qualificar e monitorar as equipes responsáveis pelas entrevistas com familiares. A formação será feita em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

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