O Brasil ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 30 mil transplantes de órgãos e tecidos realizados em um único ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2024, foram 30,3 mil procedimentos. Cerca de 85% dos procedimentos foram realizados pelo SUS, que destinou R$ 1,47 bilhão à área no ano passado — valor 28% superior ao de 2022.
Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (4) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também anunciou a incorporação de novas tecnologias e o reforço em estratégias para ampliar o acesso e reduzir desigualdades regionais.
Segundo o balanço, os órgãos mais transplantados no ano passado foram:
- rins (6.320 transplantes),
- fígado (2.454),
- fígado (2.454),
- córnea (17.107)
- medula óssea (3.743).
Apesar do crescimento, a fila de espera ainda soma 78 mil pessoas — só para rim são mais de 42 mil.
Outro desafio apontado pelo ministério é a recusa familiar: apenas 55% das famílias entrevistadas autorizaram a doação dos órgãos. Para enfrentar o problema, será lançado o Programa de Qualidade em Doação para Transplante (PRODOT), que vai qualificar e monitorar as equipes responsáveis pelas entrevistas com familiares. A formação será feita em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).