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Um brasileiro que presenciou o ataque a tiros a uma celebração judaica na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, neste domingo (14), relatou cenas de pânico, correria e pessoas feridas. Ao todo, cerca de 11 pessoas morreram e outras 29 ficaram feridas. O ato foi descrito pelas autoridades como “terrorista” e “antissemita”.
Natural de Valença, no Rio de Janeiro, Daniel Silva Gonçalves mora na Austrália há um ano e meio e está na cidade de Sydney há duas semanas. O estudante de gastronomia contou que estava com uma amiga brasileira na praia, próximo à ponte onde os atiradores teriam se posicionado.
Eles ouviram os primeiros disparos, mas, de acordo com ele, as pessoas continuaram a agir normalmente.
“Inicialmente, muita gente pensou que se tratava de fogos de artifício”, afirmou. “Eu escutei dois barulhos de tiro e o pessoal continuou normal, porque pensaram que eram fogos. Mas eu falei para a minha amiga: ‘Isso é tiro'”, disse em entrevista à GloboNews.
Em seguida, ele aponta que os disparos se intensificaram. o estudante afirmou que viu dois atiradores usando armas, que disparavam contra pessoas que estavam nas barracas próximas. O pânico tomou conta do local, com adultos e crianças correndo e chorando.
Daniel ainda relatou que os dois tentaram fugir da área e buscar abrigo em um ônibus, mas não conseguiram entrar. O veículo estava lotado e o motorista logo fechou a porta.
“A gente ficou no meio, só vendo um monte de gente sangrando, correndo”, relembrou.”Em cinco minutos já tinha helicóptero no céu, tinha polícia, mas os tiros não pararam durante uns dez minutos. Não sei quantos atiradores tinham, mas eu vi dois que estavam na ponte atirando contra o evento judaico”, acrescentou.
O estudante também disse ter visto moradores e comerciantes tentando ajudar os feridos com kits de primeiros socorros, enquanto a polícia prestava atendimento a vítimas.
“Começou um dia feliz e terminou assim, muito triste. Ainda estou em choque. O que eu vi ali de gente sangrando, polícia tentando ressuscitar, gente correndo para todo lado, criança chorando. Tinha gente ajudando com kits de primeiros socorros”, contou Daniel em outra entrevista para à BandNews TV.
“Foi muito triste, morreu muita gente. Acho que nunca mais vou naquele lugar, porque foi cena de terror mesmo. Corri muito para sair de lá”, concluiu.
(FONTE : ODIA.COM.BR / 14-12-2025)
