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O governo do Estado apresentou, nesta segunda-feira (17), a Operação Barricada Zero. A ação, uma parceria entre as forças de segurança, secretarias e prefeituras da Região Metropolitana do Rio, tem como objetivo remover todos os bloqueios feitos por criminosos para dificultar o acesso às comunidades dominadas pelo tráfico.
“O Governo do Estado tem todas as condições de vencer batalhas, mas a guerra só será vencida com todos nós juntos. Ao invés de impor às prefeituras a nossa agenda e empurrar culpas ou problemas, nós fizemos diferente e chamamos as prefeituras à mesa, pedimos ajuda e convidamos a fazer um trabalho integrado”, observou Castro em coletiva de imprensa nesta segunda.
De acordo com o governador, o Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ) identificou 13.604 barricadas, confirmados tanto por voos de drone quanto pelo Disque Denúncia e a entrada das polícias nos locais. O número de bloqueios, que deve ser atualizado no decorrer da operação, pode ser bem maior do que o contabilizado. A ideia é iniciar as remoções a partir da próxima semana.
Para a primeira fase da operação, serão, no total, 50 kits de demolição, compostos por ferramentas de alto desempenho, como rompedores hidráulicos, retroescavadeiras, caminhões basculantes, além de itens como motosserra e alguns outros que serão específicos por região. Os maquinários serão custeados pelo Governo do Estado
Na primeira etapa, a operação acontecerá em 12 cidades: Rio de Janeiro, Belford Roxo, Japeri, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Itaboraí, Duque de Caxias, Queimados, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita e Maricá.
“O primeiro eixo estratégico é a segurança. Essa retirada vai ser conduzida de forma muito planejada e segura, para que a gente dê segurança para a comunidade e também para todos aqueles que estarão trabalhando”, reforçou.
Os entulhos provenientes da retirada das barricadas serão descartados em locais a serem oferecidos pelas prefeituras. No caso de cidades que não tenham um espaço específico, o município de Duque de Caxias vai funcionar como uma base central para receber este material.
Segundo Castro, caso haja locais em que as barricadas sejam reposicionadas após a retirada, ações contínuas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) serão feitas até que os bloqueios não voltem.
“A nossa ideia é que as prefeituras também façam esse monitoramento, com seus subprefeitos e suas estruturas municipais, para que a gente possa saber imediatamente caso essas barricadas voltem. A ideia é ter operações da polícia em todos os locais onde as barricadas voltam. Então, voltou uma barricada, vai ter uma operação”, afirmou.
O governador ainda revelou os tipos de barricadas mais comuns criadas pelos criminosos. São elas: a vala, onde são feitas escavações; os entulhos, onde são colocados diversos materiais para dificultar a entrada da polícia; e as construídas com ferros e concretos, algumas delas até eletrificadas. Este último tipo é definido por Castro como “verdadeiras obras de engenharia”.
“São obstáculos, desde lixeiras até obras de engenharias, que são instaladas por essas organizações narcoterroristas para impedir tanto a polícia quanto facções rivais e a própria população de ir e vir”, disse o governador.
A coordenação desse programa será feita pelo Gabinete de Segurança Institucional, liderado pelo delegado secretário Edu Guimarães, e vai contar com o Instituto de Segurança Pública (ISP), Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Segurança Pública e Secretarias de Estado ligadas à questões de infraestrutura.
O prefeito de Belford Roxo, Marcio Canella, celebrou a implementação da operação nas redes sociais. “É uma alegria muito grande ver esse programa, que mudou a história de Belford Roxo, ser implementado também, em todos os Municípios do Estado do Rio de Janeiro”, escreveu.
Além de Canella, também participaram da reunião com o governo os prefeitos do Rio, Eduardo Paes; São João de Meriti, Léo Vieira; São Gonçalo, Capitão Nelson; Queimados, Glauco Kaizer, e mais.
Disque Denuncia terá linha exclusiva
De acordo com Castro, a operação vai trabalhar em conjunto com o Disque Denúncia, que terá uma linha exclusiva, o Disque Barricada, em que os moradores poderão denunciar os bloqueios, de forma anônima.
O canal será divulgado através de campanhas publicitárias, que têm o objetivo de incentivar a população a fazer denúncias.
A população poderá ligar para os números (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177, enviar mensagem pelo WhatsApp (21) 2253-1177 ou usar o aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
(FONTE: Site O Dia 17/11/2025).